Marcadores

terça-feira, 19 de julho de 2011

Minha História

Pretendo através deste pequeno artigo colocar aqui alguns momentos importantes de minha caminhada vocacional. Antes de tudo quero falar da minha origem. Nasci numa família humilde no interior do município de Paripiranga-Ba. Meus pais se chamam: Henrique Francisco de Santa na ( falecido ) e Rita das Virgens Santana, pessoas muito queridas e santas, pois deram-me o testemunho de fé e o aconchego amoroso de pai e mãe. Todos em casa tivemos educação cristã com incentivo  dos pais. Na família somos seis filhos.
Desde cedo gostava de acompanhá-los nas celebrações das missas e novenas da comunidade de S. Luis de Gonzaga, conhecida como capela de Chico Alves,  no município de Simão Dias- SE. Aí fiz catequese para eucaristia e crisma  por ser perto da nossa casa, situada no povoado de Roça de Dentro.    Pouco a pouco foi despertando dentro de mim o desejo de ser padre. Eu achava muito bonito o padre no altar. Em casa estávamos sempre escutando com atenção as missas transmitidas pela radio cultura de Aracaju celebradas quase sempre pelo Cônego. Carvalho na capela de São Salvador no centro de Aracaju. Mas também participávamos das missas na Igreja matriz de Paripiranga, onde fui batizado. Nesse ambiente familiar e cristão surgiu em mim o desejo de ser padre.
Entrei para o seminário de Tucano por intermédio de Dona Maria Francisca, na época  era presidente do apostolado da oração. Ela conhecia o ex joseleito Pe. José Vicente Santana, que  terminava seu curso de teologia. Pedi a ela que escrevesse para o Pe. José, conhecido por ela.
Ele respondeu-lhe  dizendo que podia ir e fui sozinho aos 16 anos de idade no dia 17 de Fevereiro de 1977. Fui recebido no seminário pelos seminaristas  e por  Dona Ritinha , a mãe do nosso querido Pe. José. Ela vendo-me um pouco triste pediu a um dos seminaristas que me acompanhasse . Nosso fundador estava viajando. Ao chegar fui ao seu encontro e ele perguntava-me sobre minha procedência. Ele era cativante. Conheci de fato um homem que amava o sacerdócio e desejava-me ver-me padre também. Ao dedicar-me o seu livro Pedaços D’alma escreveu “que você venha com o sacerdócio aumentar as fileiras da Sociedade joseleitos de Cristo”, nesse tempo eu era tirocinante.  No dia que entrei no noviciado ele aproximou-se de mim e disse: “é, pode até ser um padrezinho”. Cultivo meu sacerdócio sob o olhar de Jesus que é o sumo sacerdote, mas também sob o olhar santo deste grande Padre, que queria bem a cada sacerdote que servia a Igreja.  Ele nos deixou exemplos de uma vida santa. Sentia-se bem com os jovens que chegavam para o seminário.  Era mesmo um pequeno D. Bosco, amante da juventude.
Cursei filosofia e teologia na Escola Teológica do Mostreiro de S. Bento no Rio de Janeiro. Fui ordenado padre aos 3 de Janeiro de 1988 em Paripiranga  por  D. Aloysio Penna e no dia 6 assumi a paróquia de Santa Ana em Tucano. O Pe. José  apresentou-me ao Bispo, para sucedê-lo na Paróquia como novo Pároco, pois ele havia renunciado ao cargo (deixou por escrito no livro do Tombo a carta de renuncia), um sinal de despojamento. Este dia era importante para ele , pois tinha tomado posse como pároco em tucano aos 6 de Janeiro de 1953.
Sou imensamente grato a Jesus pelo ministério sacerdotal, cuja missão é deidicar-se ao anuncio do evangelho ; ao culto divino e à  tarefa da reconciliação como nos diz a carta aos Hebreus “ o sacerdote, tirado do meio do povo é constituído em favor dos homens  em suas relações com Deus. A sua função é oferecer sacrifícios pelos pecados. É  capaz de ter compreensão por aqueles que erram, porque ele mesmo está cercado de fraqueza”. Esta é uma das tarefas mais nobres e também e também uma das mais difíceis, como  bem afirma Leonardo Boff: “nenhuma categoria sofre mais o peso da reconciliação do que a os sacerdotes, pois buscam reconciliar todas a s pessoas mas se sentem também divididos no processo da reconciliação”( Cf O Destino do homem e do Mundo, pg 87, Vozes, 1973). Ainda, um grande bispo Dom Luciano Mendes ao escrever no jornal da folha de S. Paulo  12- 07- 2003  no seu artigo O que vale na vida? disse:  “é preciso abrir-se ao outro e sair de si mesmo, passando pela vivência da estima, do respeito e do amor ao próximo. Há uma misteriosa alegria da gratuidade do amor e no dom de si mesmo”. Portanto, uma grande alegria para mim como sacerdote é ter a presença amorosa de tantas pessoas que nos querem bem e nos cercam de carinho e também poder servi-los como posso. Os padres, de modo geral,  são muito estimados pelo povo, não obstante as incompreensões.  O ministério tem sentido se nos dedicarmos á Igreja com amor como sempre nos exortava o nosso querido Pe. José.  
Os joseleitos, Inspirados em são José, nosso patrono e no nosso querido Pe. José,  tentamos viver na humildade e simplicidade, virtudes incutidas em nossas mentes pela vida e exemplo do nosso querido Pe. José.  Ele costumava dizer para nós os nomes dos seus diretores e citava nomes de pessoas santas. Na véspera de seus 50 anos de sacerdócio, chamou-me na secretaria para anotar seus agradecimentos que  foram incluídos na sua fala no momento de agradecimento ao final da grande solenidade campal em frente a matriz. Concentrou-se por um momento e de cor  ditava para mim todos seus ex diretores e pessoas que passaram por sua vida, fui por um momento secretário.
Trabalhei em algumas paróquias. Cito-as: Santa Ana em Tucano ( a primeira); N. S. da Conceição em Quiririm-Taubaté; Santa Ana em Campo do coelho-N. Friburgo, em N. S. do Líbano em Pirituba_S. Paulo. Hoje sou diretor do seminário S. José em Quiririm e vigário da Paróquia N. S. da Conceição. Já trabalhei  na formação durante 8 anos  e agora de novo.
Que N. S. das Graças nos acompanhe com sua maternal intercessão nesta caminhada vocacional. “O senhor me chamou e eu respondi, eis-me aqui Senhor....”

Em S. José, o Pe. Reinaldo Cruz de Santana, SJC

Nenhum comentário:

Postar um comentário